domingo, outubro 30, 2011

THE MISSION-SALA TMN-LISBOA-2011-10-15

Que dizer dos Mission ou neste caso Wayne, Craig e Simon, os três do início, na vale a pena dizer muito mais num concerto que podia ter corrido melhor  numa sala que não ajudou (sala nova, mas com condições acústicas algo disformes e oblíqúas), enfim e isto é uma sala nova, imaginemos a qualidade de quem a construiu....
Do show, o essencial, a 1ª fase Mission, esteve lá toda, os temas que adorávamos nos velhos anos 80, esteve lá quase tudo, tirando um ou outro tema(Lembro-me agora do Amelia), só tocado quando o estado de humor de Wayne o permite, mas tirando este aparte, a banda funcionou, o publico gostou, cumpriram de maneira capaz e conforme.
O pessoal Grey dividiu-se, por aqui  ficaram eu,  André, (H) e o Nuno(Spark), pelos DIJ, andou o Caeiro e assim foi mais um 15 de Outubro, diga-se bem passado e com boas companhias, incluindo claro os Mission neste leque.




domingo, outubro 23, 2011

Death in June + Die Weisse Rose

 
Lisboa, Sábado à noite e com dois concertos repartidos por duas salas, a "Sala TMN ao Vivo" e a “Sala Mistério”. Esta repartição acabou por se verificar também nos membros do Grey Age, uns a caminharem para um lado e outros (aliás, outro) a caminhar lá para os lados da Rua da Madalena.

Assim, fica registado o dia 15 de Outubro de 2011, como a data de mais uma passagem por Lisboa do projecto de Douglas Pearce os Death in June, desta vez para celebrar o seu 30.º Aniversário e com Organização da Extremocidente. 
Esta passagem ficou, no entanto, marcada pelo secretismo relacionado com o local do evento, pela divulgação e pelo método de venda dos bilhetes. Todas as informações necessárias foram prestadas através de um endereço de e-mail. 
Quanto às coordenadas finais para podermos chegar à sala do concerto (ainda que não fosse necessário o uso de GPS) só as ficámos a saber no próprio dia do concerto, e por telefone, e já no período da tarde.
Talvez se tenha verificado algum excesso na preparação do evento, mas, enfim...

Findo que foi o mistério em torno da sala, a partir das 21:00H, em Lisboa, na Casa de Lafões, deu-se inicio ao evento.
Para aquecer a plateia, se é que era necessário, subiu ao palco Miro Snejdr, que participa no último álbum dos DIJ "Peaceful Snow", para interpretar ao piano algumas músicas dos DIJ.


Pouco depois e para resfriar um pouco o ambiente, (que era já de altíssimo calor), com a sala completamente cheia, subiram ao palco os dinamarqueses Die Weisse Rose.
Em palco, pareciam três blocos de gelo, tal era a frieza (militarista) que evidenciavam. Ainda assim aqui e ali lá se foi quebrando o gelo.  

Com uma sonoridade minimal, fortemente marcada pelo ritmo dos timbalões, tiveram no entanto alguns momentos de descoordenação. Ainda assim, registe-se alguns apontamentos interessantes tais como a inclusão de um acordeão a ritmar um dos temas. Fica para ouvir (sem percalços) o registo em disco.


Pouco depois, já o calor era quase insuportável, quando Douglas P. subiu ao palco, não para começar o seu concerto, mas sim para prepara-lo. Mostrou-se logo à partida simpático enquanto ia colocando os seus estandartes em cima do palco.


Cerca das 22:00H, e o calor continuava..., subiram finalmente ao palco os Death in June, desta vez Douglas P. apresentou-se sozinho, sem a companhia de amigos de outrora, que recordando, tinha na sua formação inicial Douglas Pearce, Tony Wakeford (Sol Invictus) e Patrick Leagas (Sixth Comm e Mother Destruction).
Douglas P. com a sua guitarra de 12 cordas (11 a partir de determinada altura), desfilou ao longo de quase 2 horas mais de 30 temas de outros tantos anos de existência dos DIJ, tais como "She Said Destroy", "All Pigs Must Die", "Little Black Angel", "Fall Apart"...
Cada tema foi sempre acompanhado por um coro de entusiastas, que via-se não estarem ali por engano. Douglas P. mostrou-se simpático, fazendo alguns trocadilhos nas musicas, e até adaptando-as a Portugal. Para registo futuro para além do que fica na memória, ficam as imagem, os vídeos, o bilhete personalizado e o CD-Single de oferta com os temas "Heaven Street" (1981) e "Heaven Street MK II" (1983).






Sugiro leitura atenta ao excelente texto incluído na enciclopédia alternativa, a Metapedia



Fotos e Texto: António Caeiro
Vídeos: Internet

segunda-feira, outubro 17, 2011

LOVE - Xmal Deutschland

Um dos temas mais bonitos Xmal Deutschland.

quinta-feira, outubro 13, 2011

Peter Murphy ao vivo em Lisboa

Já acompanho ao vivo o Peter Murphy, quer a solo, quer com os Bauhaus, há mais de 20 anos. E até agora, apesar de a partir do Deep de 1990 a criatividade ter vindo a diminuir, os concertos eram sempre momentos de celebração pura, havendo uma comunhão perfeita com o público. Aliás, o Peter nunca escondeu o enorme prazer que tinha em vir tocar a Portugal, e o público sempre correspondeu da mesma forma. Não foi, no entanto, o que se passou neste último concerto do Peter Murphy por Lisboa (acredito que no Porto o concerto tenha sido mais “quente”).

Foi assim um concerto morno, aquele que presenciamos no passado dia 2. Não porque a postura do Peter tenha mudado. Continua comunicativo como sempre, e a dar tudo o que tem e que não tem. 5 estrelas para a postura em palco. O que aconteceu foi que o alinhamento do concerto baseou-se muito no último álbum, Ninth. Por um lado, ainda é desconhecido de uma boa parte do público e que portanto acolhe as músicas de uma forma mais morna. Por outro, não é o álbum mais feliz da sua carreira, e está longe, muito longe de álbuns como Should the world fail to fall apart ou Love hysteria.

O concerto iniciou-se logo com a faixa de abertura do último álbum, Velocity bird, a que se seguiu Peace to each, também deste álbum. Ainda estavam os motores a aquecer e surge o primeiro dos contratempos, com alguns problemas técnicos, que também acabaram por influenciar a própria prestação do Peter, e que não escondeu o seu desagrado por esta situação.

Ultrapassados os problemas técnicos, veio uma das ovações da noite para Hurt, original dos Nine Inch Nails. E continuando numa toada calma, foi tocado o primeiro dos temas dos Bauhaus que tivemos o privilégio de ouvir, All we ever wanted, com o Peter a mostrar todo o seu virtuosismo na viola.

Seguiram-se mais alguns temas do novo álbum, intercalados com outros temas de alguns dos álbuns mais recentes, e até o Silent hedges, dos Bauhaus, além de muita conversa com o público. Mas foi tudo muito morno (para não dizer chato).

O Peter decidiu então dar um novo rumo à noite, e fê-lo da melhor maneira com o primeiro single do Ninth. Apesar do álbum estar uns furos abaixo do que  aquilo que o Peter já fez e consegue fazer, o tema I spit roses é mesmo muito bom e tem tudo para vir a ser mais um clássico. Aliás, a forma como o público reagiu aos primeiros acordes do tema (e não o fez com mais nenhum deste novo álbum), mostra o apreço que tem por esta música.

De seguida mais uma ovação, com mais 2 temas de Bauhaus, She’s in parties e In the flat field, e aqui sim, finalmente o público a entrar em delírio.



Tendo finalmente o Peter agarrado o público, vieram mais 2 momentos sublimes, All night long e Cuts you up, acabando a 1ª parte do concerto quando este estava no auge. 


Pensei que os temas escolhidos para os encores iriam continuar na mesma toada, levando o concerto para um ponto mais alto, podendo fazendo esquecer até o início morno. E a primeira música do encore até foi muito bem escolhida. A strange kind of love, com um medley muito bem conseguido do Bela Lugosi’s dead, levou-nos a pensar que o melhor ainda estaria para vir. Mas qual balde de água fria, o concerto volta ao marasmo inicial e termina com mais dois temas de Ninth, e com a sensação de que esta, definitivamente, não foi a melhor noite do Peter Murphy em Lisboa.


Setlist:

1. Velocity bird
2. Peace to each
3. Hurt
4. All we ever wanted was everything
5. Memory go
6. Disappearing
7. Silent hedges
8. Subway
9. Gaslit
10. His circle and hers meet
11. Black stone heart
12. I´ll fall with your knife
13. I spi roses
14. She´s in parties
15. In the flat field
16. All night long
17. Cuts you up
18. A strange kind of love / Bela Lugosi's dead
19. The Prince & old Lady shade
20. Uneven and brittle

SARAH FIMM - Everything Becomes Whole (Official Music Video)

Já que este é um blogue com condição feminina activa, este video diz, infelizmente o que ainda hoje em dia se passa, a escravidão e o desprezo pela mulher, um video que toca, mas que ainda é actual.
Srah Fimm, tive o prazer de a ver em 2005 em Barcelona em dueto com Peter Murphy, ela que abria a tour desse ano, voz simpática e neste momento ligada às causas da mulher (escravidão e maus tratos) basicamente, a ter em conta.

terça-feira, outubro 11, 2011

Blue In Heaven - Live in RTE Radio 2 - 1985

Blue in Heaven foram para mim uma banda relâmpago tendo apenas conhecido na sua altura o album "All The Gods Men", do ano vintage de 1985 - já reparam na quantidade de discos excelentes deste ano?
Como mentor Shane O'Neill (guitarra, teclas e voz) tinha na sua composição ainda Dave Clarke (bateria), Declan Jones (baixo) e Eamonn Tynan (guitarra e teclas).
O album referido não é uma obra-prima mas tem um tema que está nas minhas 10 músicas de sempre:




Produzido pelo famoso Martin Hannett, "All The Gods Men" foi gravado para a Island Records e virou náufrago na ilha. Foi esquecido no catálogo, posto de parte, sendo das bandas que admiro a única que nunca teve nada em CD.

O tema "Julie Cries" rodou bastante na Lista Rebelde - para variar aprendiamos a ouvir A.S.

O motivo deste artigo é, não o album de 1985 mas o primeiro concerto disponível:

Blue in Heaven Concert (1985), desde há 3 dias aqui

sábado, outubro 08, 2011

LOVE-HOWARD DEVOTO

Ora ora, quem se lembra desta reliquía.
Um pequeno doce.

quarta-feira, outubro 05, 2011

ANNA CALVI-LUX-LISBOA-2011-09-13

Antes de fazer umas linhas de Peter Murphy, Anna Calvi estava em falta, desde o dia 13 do passado mês que merecia umas singelas e simples palavras.
O concerto em si, curto, mas a rapariga não tem reportório (ainda), para muito mais, mas correu bem, o som normal, numa sala esgotada, fez correr as músicas de Anna de forma escorreita e agradável, agora Anna Calvi tem indiscutivelmente futuro, mostra a capacidade para dar muito à música, ela provoca e seduz ao mesmo tempo, consegue dar-nos isso e de uma forma simples, uma presença que se vai impôr, não tenho dúvidas, mas o tempo, certamente o dirá.
Entre muitos adjectivos, a miúda tem carisma, presença, uma voz bonita , uma atitude potenciadora de dar mais ao mundo da música (faz-me lembrar em alguns rasgos, Siouxsie, no início de carreira) e isso já mostra bons sinais.




Aguardo o 2º trabalho de originais e o continuar de uma carreira audaz e promissora.Aguardemos.

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