sexta-feira, setembro 30, 2011

COLLIDE

Hoje, deixando um pouco os anos 80, damos umas linhas ao duo Collide (Karin &Statik), emergentes desde 1995, uma tipíca banda dos 90, onde um misto de industrial e beleza se conjugam de forma quase exuberante na construção de uma força musical original e cheia de viitalidade e encanto.
O projecto caminha para o 5º trabalho de originais "Counting to Zero" e apresenta-nos ao longo dos 4 trabalhos anteriores uma mestria no arranjar temas e propostas musicais, percorrendo propostas subtis entre um paralelo industrial ao mesmo tempo cruzando linhas quase mágicas no apuro de beleza vocal, protagonizado por Karin, a voz única do projecto e assídua participante noutros projectos Ex (Plateau).
Este é o chamado exemplo crasso em que nos anos 90, ainda muita qualidade persistiu e neste caso , poderíamos facilmente caminhar no trilho de pura evolução musical.
Statik, conduz a máquina, karin, suaviza-a, ao mesmo tempo criando o espaço raro entre o usar  o poder industrial, derivando-o electronicamente e juntando a voz linda que o torna num dos projectos mais bonitos dos ultimos anos.
Dos trabalhos de longa duração gosto particularmente de "Chasing The Ghost" de 2000 e "Some Kind Of Strange" de 2003, onde todo o processo evolutivo é mais denotado, quanto ao ultimo de 2001 a seu tempo falaremos dele.


terça-feira, setembro 27, 2011

LOVE - PAUL HAIG

Mais um dos mentores Joseph K, num bonito tema.

sexta-feira, setembro 23, 2011

VNV Nation - Automatic



Os VNV Nation dispensam qualquer tipo de apresentações. A par dos Covenant, são os precursores do chamado Future Pop, estilo odiado por todos os puristas dos instrumentos convencionais, mas amado por uma minoria que faz do synth pop e do electro o seu som de eleição. E ao oitavo álbum de originais os VNV Nation mantém tudo aquilo que fez deles a banda de referência dessa imensa minoria…

O que mais admiro na banda é o facto de em cada álbum conseguirem elaborar temas tão diferentes, desde os mais orelhudos (Perpetual, Solitary), passando pelos lamechas (Further, Beloved), os poderosos (Nemesis, Honour), até aos instrumentais bastante complexos e dançáveis que nos deixam em transe (Electronaut, Forsaken). E este álbum tem isso tudo e muito mais.

A primeira faixa, On-air, é mais uma daquelas introduções que só os VNV Nation conseguem fazer. Apenas instrumental, mas na qual ficamos imediatamente sintonizados para a hora seguinte.

Space & Time será seguramente uma faixa que irá fazer a delícia de muitos amantes dos clubes alternativos. Bastante orelhuda, tem tudo para ser mais um hit dos VNV Nation. Quando a ouvi pela primeira vez (tinha acabado de receber o cd pelo correio), estava parado no meio duma fila interminável, e não consegui deixar de colocar a faixa em modo repeat. Só depois olhei para o título e reparei o quanto era apropriado para a situação onde me encontrava.

A faixa seguinte, Resolution, mantém as rotações bem altas e prepara-nos para a música mais poderosa do álbum, e que poderá vir a ser o 1º single, Control. Control eleva ainda mais o ritmo, que já era alto e deixa-nos sem ar, completamente extasiados.

Depois da tempestade vem a bonança. É o que apetece dizer assim que Goodbye 20th century começa a rodar. Um instrumental típico da banda, ao estilo dos que se encontram no álbum Judgement, e que faz a passagem perfeita entre a primeira e a segunda metade do disco.

Seguem-se mais duas faixas bastante orelhudas, Streamline e Gratitude, qualquer uma delas candidatas a fazerem parte das playlists dos clubes alternativos. Em especial a segunda, que em termos de estrutura faz lembrar bastante um dos temas míticos da banda, Perpetual.

Segue-se o ponto alto do álbum. No Empires tínhamos o Standing. No Future Perfect o Beloved. No Judgement o Illusion. Neste álbum temos o Nova. É lamechas. É orelhudo. Tem uma letra de chorar por mais. É simplesmente a música do ano, e não tenho qualquer dúvida que vai ser mais um dos hinos dos VNV Nation. Memorável!

Ainda antes de acabar aquele que até agora é o melhor álbum de 2011, temos tempo para mais um excelente instrumental, Photon, e  uma faixa, Radio, onde o uso hipnótico da bateria nos leva novamente ao êxtase. É tempo então de colocarmos o cd novamente em Play e voltarmos a sintonizar-nos em Automatic.

Classificação: 5 / 5




domingo, setembro 18, 2011

THE PALE FOUNTAINS

Hoje a atenção cai sobre estes britânicos oriundos de Liverpool e começando pelo melhor, se houvesse justiça no mundo diria que o mentor Michael Head, seria e é o Lennon dos tempos actuais,mas adiante.
Reconheço que fiquei apaixonado aquando da audição do album de 84 "Pacific Street", o qual considero um dos albuns essenciais da musica comtemporânea, um trabalho que tal como a banda revelava um amplitude muito além do espaço a que a banda estava confinado, pop pura,criou um mundo novo (Imaginário), como o correr de uma banda sonora mundial onde as acções e movimentos decorrem, com imagens terrenas, o elevar do preto e branco e toda uma miscelânea de bons momentos.
A linha do tempo nos Pale Fountains, podia ser redutiva e irmos até aos anos 60 e 70, seguindo uma linhagem de grandes compositores, outro tempo, outro lugar, mas vamos apenas imaginar e sentir que o processo aqui começou.
A base musical dos PF, pontua, na devoção e luz constante, coros de amor, arranjos orquestrados, num caminho evolutivo e carismático.Sons dandy,alegres, frescos, inocentes, a guitarra acustica, sempre presente , os coros por vezes a lembrar a soar aos coros de escola, tudo numa alegria, que a musica PF evidencia.
Dois albuns de originais e uma grande quantidade de singles, o grande "Pacific Street", de 84, já referido e o fresco "From Across The Kitchen Table" de 85, construiram um conjunto de musicas com palavras honestas, sérias e directas, assim como uma inquietude musical motivadora de uma pop moderna.
Resumindo uma banda que sugere um sexo sem paixão, bom enquanto dura, valorizando o quanto baste, positiva no seu todo e quando se ouve, está-se perante um grande momento.
Altamente elogiados, nunca sairam do anonimato, mantendo entretando um culto que dura até aos dias de hoje, na pop perfeita, este é mais um exemplo.







quinta-feira, setembro 15, 2011

segunda-feira, setembro 12, 2011

TRANCE TO THE SUN - THE BLUE OBSCURITIES - 2011

O regresso dos norte americanos Trance To The Sun, pureza e magia envolvente num trabalho inspirador e conotado de forma viva e brilhante.
As vozes encaminham-nos para um carinho sensual de extrema beleza, somos levados e embalados numa viagem onde a mente e espiríto se confudem, tal como voz e restantes instrumentos.
Melancolia quase alucinante na forma e uma beleza que acaba num torpôr  alucinógeneo é assim a viagem obscura ou não de Trance To The Sun.4.75/5.

 

sexta-feira, setembro 09, 2011

DIARY OF DREAMS - EGO X - 2011

Aqui estamos depois do concerto no Entremuralhas em Leiria de 2011, que não me seduziu, para ser sincero, como em anteriores vezes, mas no regresso ao cds, no caso este ultimo de originais "Ego X", a abrir de forma eloquente e a seguir um rumo em perfeita ascenção.
A forma de Diary of Dreams em disco mantém-se consistente, cativante, fulgurante e em perfeita harmonia, que se percebe de forma notória, nos temas mais lentos onde a magia e a voz de Adrian Hates, convence.
Um trabalho que na 1ª audição já merece atenção e nos leva a percorrer um caminho saudável e audaz, não chegando a uma nota máxima, caso de "Nigredo", este novo trabalho de DOD, não traz uma nova luz ao panorama musical, mas mantém toda uma luminosidade a que nos habitou ao longo dos anos, de uma maneira cheia e compacta com uma produção e tratamentos dos temas a denotarem a constante qualidade + deste projecto.4.5/5.

 

 

quinta-feira, setembro 08, 2011

LOVE-GAVIN FRIDAY- LAND OF THE MOON - 2011

O deixar ir no embalo num dos melhores trabalhos de 2011.

quinta-feira, setembro 01, 2011

Death in June+Die Weisse Rose

... 15 de Outubro, algures em Lisboa.




Death in June

Die Weisse Rose

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