quarta-feira, junho 30, 2010

Dif Juz - Extractions

Os Dif Juz formaram-se no ano de 1980, em Londres. Tinham como figuras principais os irmãos Curtis, Alan e David, ambos na guitarra. No baixo Gary Bromley e Richard Thomas na bateria, percussão e saxofone (penso ter visto imagens ainda com trompete e clarinete mas sobre isso já não tenho certezas).

O seu primeiro trabalho surge no início de 1981 com o EP Huremics , seguido mais tarde nesse ano de outro EP, Vibrating Air. Ambos 12" saíram com o selo da 4AD. Numa passagem temporária pela RED FLAME criaram um mini-lp, Who Says So?. Em 1985 retornam à 4AD, onde editariam este excelente LP: Extractions .

Não é certo que, tal como publicado em alguns sites pela internet, "DIF JUZ" derive de um trocadilho com "Different Jazz". Mas independentemente se o nome derivará daí ou não, é mais nesse campo que a sua sonoridade instrumental vagueia.

Extractions abre com "Crosswinds", composição que aparece como apresentação da corrente por onde o grupo pretende trilhar o seu caminho de uma forma mais madura em relação aos EP's anteriores. Este é, afinal, o seu primeiro (e único) longa-duração da banda. "A Starting Point" é isso mesmo, um aviso de "here we go!" para o que vamos ouvir pela frente. Dinâmica, criatividade, e uns cheirinhos a Jam sessions , como quem toca com alegria.
Todos se divertem, nas várias músicas que se seguem, sem nunca perderem a coerência e harmonia de quem sabe o que está a fazer.

"A Starting Point", "Echo Wreck" e "Twin & Earth" são as minhas preferências à qual junto o único tema melancólico (que no vinil abria o lado 2) "Love Insane", com a participação de Liz Fraser, o único tema sem ser exclusivamente instrumental.

Na edição em CD, para além dos 9 temas do vinil, aparecem as faixas extra "Gunet", "Soarn", "Hu" e "Re", todas dos EP's de 1981.

Considero-o um album de referência pela diferença, qualidade e oposição ao rótulo de "depressiva" à música de vanguarda, ao som da frente (expressões da época).

Mesmo considerando a editora que os acolheu, a 4AD, continuo a achar que eram anacrónicos, fora do seu tempo e de qualquer tipo de etiqueta que se lhes quisessem colar. Alguns comparavam-nos a Cocteau Twins, mas os caminhos estão a léguas um do outro. Talvez se ficasse pelo parecer superficial do ambiente criado pelas guitarras, muito Guthrie é verdade, não tivesse sido este o produtor do album, mas tirando essa sonoridade nada mais há em comum.
Dif Juz era parecido com Dif Juz. Ponto.

Podem ouvir o album completo aqui .





Os Dif Juz teriam o seu canto do cisne no final de 1985, com a gravação da sua melhor obra, "No Motion", produzido por Guthrie e pelos próprios Dif Juz, para a colectânea da 4AD Lonely Is An Eyesore.

Há notícias de gravações posteriores, que Guthrie misturou e tentou que fossem editadas, mas ao que se sabe nunca chegaram a ver a produção.

Em 1986 foi editado Out Of The Trees, que compilava os dois primeiros EP's.
Em 1999 saiu o último registo, Soundpool, que pouco mais é do que a edição de Out Of The Trees à qual é acrescentada a música "No Motion".

Em relação aos membros da banda, tenho uma preferência especial por Richard Thomas, o mais versátil, pelo forma como tocava e dava um toque com cheirinho a Jazz na bateria, não raramente parecendo haver espaço para a improvisação. Penso que se podem encontrar similaridades no experimentalismo do primeiro album de The Wolfgang Press, The Burden of Mules , do qual Richie fez parte. Colaborou ainda no final de 1985 no album The Moon and The Melodies, album de Harold Budd, Liz Fraser, Robin Guthrie e Simon Raymonde, mais tarde com os Cocteau Twins em Victorialand, e novamente com os TWP no album Queer.

Os Curtis colaboraram também no album Filigree & Shadow do projecto This Mortal Coil.

O que sobressai no fundo, em Extractions, é o espírito "In Joy"!

Mais informações:

4AD

MYSPACE

segunda-feira, junho 28, 2010

Test Dept











TEST DEPT, banda formada em 1981 no sul de Londres, na decadente área do centro da cidade de New Cross.

Os Test Dept sempre rejeitaram o (som) convencional e desenvolveram um estilo que reflectia a deterioração do meio onde viviam. Os seus membros, como meio de criar o seu particular som, transformavam os diversos objectos encontrados nas zonas industriais em instrumentos “musicais”, juntando essa parafernália de objectos aos ditos convencionais.


Desde o seu início os Test Dept nas suas performances criavam um ambiente único em que aliavam a utilização de slides e projecções de filmes às suas revigorantes ambiências industriais.

Com o desenrolar do tempo e as suas poderosas performances, houve uma conjugação de factores que resultou num colectivo de artistas alternativos denominado " The Ministry of Power". Assim, foram formadas colaborações entre cineastas, escultores, bailarinos e grupos politicamente activos, incluindo por exemplo um grupo de mineiros. Esse (fantástico) registo teve o nome de “Shoulder To Shoulder”, e foi editado em 1985.



Decorria o ano de 1992, por altura do CITEMOR, em Montemor-o-Velho, tive oportunidade de assistir a uma performance dos Test Dept, no entanto, de má memória, pois ao invés da vertente industrial pura, os Test Dept trouxeram a Montemor-o-Velho uma autentica festa rave.


Em 1998, os Test Dept dissolveram-se, numa altura em que a sua musica ainda estava mais direccionada para as pistas de dança.




DISCOGRAFIA:

Ecstacy Under Duress - 1982 / 83
(Pleasantly Surprised, 29-XI-84,1984) 1000-copy limited edition MC in cloth bag with photographs (second edition in cardboard sleeve), reissued as (Total TFI, 1 TFL 2, 1991) CD, and as (ROIR, 8213, 1995) CD
A collection of live material and a few tentative studio dabblings
Originally released as a cassette in 1983

Compulsion - 1983
[ TEST 112] - Some Bizzare 12 "
The first single, released on Some Bizzare.
Co-produced Kirk / Mallinder & Flood / Trigger

Beating The Retreat - 1984 / 1987
[TEST 2 & 3] - Phonogram / Some Bizzare.
The first studio album orignally released in a boxed set of 2 x 12 " records and later as a single album / CD release on Phonogram / Some Bizzare.

Atonal' & Hamburg Live - 1985
These recordings were made at the Berlin - 'AtonalL' Festival and the Kampnagel- Hamburg in 1985

European Network - 1985
Live East-West European tour released by The V2 Organisation, 1985.
MC in box with insert information

Shoulder To Shoulder - 1985
[ MOP 1] - Some Bizarre / Ministry of Power LP
In collaboration with South Wales Striking Miners Choir.
Fundraising album now deleted.

The Unacceptable Face Of Freedom - 1986
[MOP 2] - Some Bizarre / Ministry of Power LP
The Unacceptable Face of Freedom released on Some Bizzare in 1986 was the second 'Ministry of Power' collaboration. It involved the artist Malcom Poynter whose sculptures formed the basis for the award winning album cover.

TDA - The Faces Of Freedom 1 2 & 3 - 1986
[MOP 12.1]
12" dancefloor single Faces of Freedom 1, 2 & 3.
Released under the pseudonym TDA (Taking and Driving Away).

A Good Night Out - 1987
[MOP 3] - Some Bizarre / Ministry of Power LP
A Good Night Out, TD's final LP for Some Bizzare

Victory / Cha Till Sinn Tuille - 1987[12 MOP 13] - Some Bizarre / Ministry of Power single
12 " Single from 'A Good Night Out' LP.
Terra Firma - 1988
[SUB 33009-12]
A one off album for Belgium's Sub Rosa label.

Natura Victus - 1988[SUB 12005-13]
12" Single for Sub Rosa

Materia Prima - 1989
[ DEPT 1] - Jungle / Caroline, 1990, (reissued by Invisible, INV 084, 1997) LP/CD
From the soundtracks to the "Materia Prima" shows performed in Holland, Italy, Finland and Denmark.

Gododdin - 1989
[MOP 4] - Ministry of Power
Gododdin, a collaboration with Welsh avant-garde theatre company Brith Gof (Faint Recollection).

Pax Brittanica - 1990
[MOP 6] - Jungle Records / Ministry of Power
An Oratorio in five movements with score from John Eacott played by the Scottish Chamber Orchestra and conducted by the celebrated Scottish composer James MacMillan.
Part soundtrack to the epic 'Second Coming' show, performed at the St. Rollox Railway Works, Glasgow, once the largest producer of trains in the British Empire.

Pax Americana - 1990
[MOP 5] - Jungle Records / Ministry of Power
12' Single

New World Order - 1991
[MOP7] - Jungle Records / Ministry of Power
12' Single

Proven In Action - 1991
[DEPT 2] - Jungle Records / Ministry of Power
Recorded live at New Music America, Montréal Musiques Actuelles, November 1990.

Bang On It! - 1993
[MOP 8] - Jungle Records / Ministry of Power
12'Single

Legacy - 1994
[FREUD 047] - Jungle Records / Ministry of Power
Jungle Records singles compilation 1990-1993

Totality 1 & 2 - 1995
[KK 135] / [KK 139] / [ INV 088] - KK Records / Invisible Records
Double single release

Totality - 1995
[ KK140] / [ INV 056] - KK Records / Invisible Records
Double album release

The Enigma of Dr Dee - 1997
[KK 173] - KK Records / Invisible Records
12' Single from 'Tactics for Evolution'

Tactics For Evolution - 1997
[KK 174] - KK Records / Invisible Records
Final LP release for KK

Página oficial:





sábado, junho 26, 2010

Contagem descrescente para Chameleons

Já entramos em contagem descrescente para o tão aguardado evento duplo de ChameleonsVox.

Assim, na próxima Sexta-Feira temos a oportunidade de recordar os melhores momentos dos Chameleons, numa Warm-up Party no Metropolis. Consta que as surpresas vão ser muitas, e, quem sabe, o próprio Mark Burgess poderá aparecer por lá.






















No dia seguinte vai acontecer o tão aguardado concerto de ChameleonsVox. Quase 17 anos depois dos Chameleons terem passado por lisboa, vamos ter a oportunidade de voltar a ver o Mark Burgess e o John Lever a interpretarem os temas preferidos dos Chameleons. Don´t fall, Second skin, In shreds, Tears ou Soul in isolation não vão faltar nesta noite tão especial. Para mim vai ser o concerto d euma vida...

Quem ainda não comprou bilhete, que o faça agora, pois corre o risco de ter uma desagradável surpresa. Encontramo-nos lá!

quinta-feira, junho 24, 2010

Pop Dell'Arte - Contra Mundum-2010


Emergentes nos meados dos 80 e num panoramo português "Grey", do qual eram exemplo bandas como (Sétima Legião, Croix Sainte, Essa Entende, Linha Geral, Mler If Dada), entre outros, os Pop Dell`Art, vieram de certa forma dar um pouco de côr ao ambiente, não deixando por isso de se inserirem no essencial, no grupo atrás mencionado.

A subversão, o carisma,o descontinuar de algumas regras existentes e a pura irreverência, fizeram deles um projecto à parte dentro da movida Lisboeta.
Sendo um projecto, algo fora do contexto para a altura, a sua extravaganza, ousadia musical e rebeldia social, deixaram marcas, não criaram o caos, mas andaram perto, no panorama musical.

A mensagem deixou assim marcas, a banda conseguia envolver e criou-se um projecto dificíl de agradar a muita gente, com uma maneira de pensar e agir muito próprias, editando o possível e o que "queriam".
Neste trabalho "Contra Mundum", o regresso aos originais em formato longo desde 2002, a banda desenvolve aqui para a maioria dos ouvintes, aquele trabalho maduro, consistente, reflectivo e diferente, sempre diferente, é aí o ponto quente Pop Dell`Art.

Alguma da "demência" benigna e bravia não estão tão evidentes como em registos anteriores, mas todo o carisma , brilho e loucura iminentes, são força do registo.

Resumindo, trabalho, quente, sóbrio, escorreito, eloquente a saber demonstrar como se ouve musica, junto ao ouvido, uma nova fase dirão alguns, penso que não, é Pop Dell Art`, ou seja sempre uma incógnita em cada registo, valendo assim cada qual pelo que apresenta no seu conteudo, não só musical, como tbém gráfico, uma pequena pérola.

Atenção a uma 1ª edição de 1000 exemplares muito bonita no design, aqui cabe a cópia nº 677, além de 5 audições perfeitas, para já.

terça-feira, junho 22, 2010

Cassete: “Mjölnir”


Título: “Mjölnir”
Label: Cthulhu Records
Formato: 2 x Cassete, (vinyl box ) Compilação de várias bandas, Edição limitada a 500 exemplares.
Neste post: exemplar n.º 165/500
Pais: Alemanha
Ano de Edição: 1990

Tracklist
A1 Le Syndicat - Killing At Home
A2 Sigillum S - Warmamurder
A3 Somewhere In Europe - The Last Summer
A4 Somewhere In Europe - Separate Torsos
A5 La Sonorité Jaune - Osora
A6 La Sonorité Jaune - Rehaa (Excerpt)
A7 Club Moral - Song Of The Vulva
A8 Haters, The - SYI 29

B1 Entre Vifs - Concatenation
B2 Slave State - Divide & Conquer
B3 Kapotte Musiek* - Audio Plagio 8 (Bienenkoenigin)
B4 Gerstein - Tulunggul
B5 Gerstein - Lu'Ningu
B6 Eric Lunde - XcHdX / Partial Being
B7 Con-Dom - Get Right With God I (Live)

C1 Ain Soph - Hand In Hand
C2 Allerseelen - Sturm
C3 Allerseelen - Schwartzer Rab
C4 Vox Populi! - Alli (Ritual Sufi Song)
C5 Nightmare Lodge - Tra Le Fiamme Del Nido

D1 Crash Worship - Shadow Weapon
D2 Crash Worship - Dance With The Birdwoman
D3 Hybryds - Introspection
D4 Hybryds - Le Cri De L'Enfer
D5 Hybryds - Bella
D6 Ipsos & Zone Void - Black Flame Mantra
D7 Autopsia - Show Me Your Wound (Live)


domingo, junho 20, 2010

A.C. Marias


Recordação para o tema "One of our girls has gone missing" do projecto inglês A.C. Marias, que tinha como principal mentora a "Wire" Angela Conway. Este projecto teve uma curta existência (1986–1990) e editou apenas um álbum. Foi em 1989 o (excelente) “One Of Our Girls (Has Gone Missing)”, pela Mute Records e que contou com a Produção de Paul Kendall, John Fryer, Bruce Gilbert e Gareth Jones.


quinta-feira, junho 17, 2010

Eden Synthetic Corps - Eight Thousand Square Feet - 2010


Como prometido a review semanal de quinta-feira , cai aqui esta semana sobre um projecto oriundo de Leiria, ESC, ou (Eden Synthetic Corps).

Banda que acaba de editar o 3º trabalho para a editora germânica Scanner, revela aqui aquele ponto fulcral, ou seja a maturidade já merecida, num trabalho portentoso, cheio de energia , consistente e a materializar toda a criatividade desta banda.

O cd, engloba desde o início, uma forma musical de querer agarrar um público dedicado à electro dark, com laivos EBM, bastante marcante neste disco e anteriores .



Ao fim de 5 audições rendi-me a este trabalho que incluo também nos melhores de 2010 e por cima Made in Portugal, bom sinal, ou antes excelente, falta-me vê-los ao vivo, para confirmar todos os bons adjectivos que este quarteto merece.

Resumindo, arrogante e perfeito. Enjoy.

terça-feira, junho 15, 2010

Walking in the opposite direction


Por alturas do suicídio do Adrian Borland, além deste estar em digressão com o Carlo Van Putten e o Mark Burgess com o projecto em comum White Rose Transmission, estava também a trabalhar naquele que iria ser o seu sexto álbum de originais a solo, The last days of the rain machine.

O álbum foi mesmo lançado a titulo póstumo, apresentando um conjunto de músicas em fase demo, não estando em alguns casos minimamente produzidas ou finalizadas.

Embora esteja longe de ser o seu melhor disco (até pelas razões que já referi), destaca-se uma música que mais tarde foi "polida" pelos White Rose Transmission, sendo incluida também num dos seus álbuns.

No entanto prefiro esta versão, que tinha tudo para vir a ser uma das melhores composições jamais criadas pelo Adrian. Os vocais e a letra mostram já um Adrian extremamente amargurado e deprimido, e que veio a culminar com a sua trágica morte poucos dias depois de ter composto esta obra prima.

segunda-feira, junho 14, 2010

OPPP – Orquestra Popular de Paio Pires




 
OPPP – Orquestra Popular de Paio Pires, projecto oriundo da Aldeia de Paio Pires e que tem como seu principal mentor o músico José João Loureiro.

José João Loureiro leva já vários anos de trabalho à volta da música. Foi um dos fundadores do projecto TRANZ-IT, que em 1987, chegou à final do 4.º Concurso de Música Moderna do saudoso Rock Rendez Vous.

Entretanto, após a sua saída dos TRANZ-IT e depois de vividos os ambientes sonoros próprios de quem habita paredes meias com a Siderurgia Nacional, nomeadamente através dos projectos LOJA DE NEONS, DEMOKRATIA, DIE NEUE SONNE, URBAN ASSAULT e TOXINA, as experiências tornam-se mais límpidas e as ambiências foram aos poucos sendo direccionadas para os campos da electrónica. 

Pelo meio ficou ainda a colaboração e a experiência de ter acompanhado os Título Póstumo em 1988, aquando de uma das sessões da 2.ª Fase da I Mostra de Música Moderna de Coimbra, que decorreu na Discoteca Broadway em Coimbra a 21 de Setembro de 1988.

No final dessa fase, surgem sob a designação OVO, nos princípios dos anos noventa, algumas gravações no formato K7, disponibilizadas pelas editoras independentes: Anti-Demos-Cracia, K7 Pirata, Enochian Calls e Kadath.

A evolução para o actual projecto surgiu naturalmente e José João Loureiro criou, assim, em meados de 2006, a OPPP – Orquestra Popular de Paio Pires.

Como veículo de divulgação da sua Orquestra, abriu a 09 de Setembro de 2006, no myspace, um espaço próprio que conta actualmente com mais de 30.000 visitas.
Surgiu, entretanto, a necessidade de criar mais três páginas paralelas da Orquestra, OPPP2, OPPP3 e OPPP4 .

O segundo trimestre de 2009 foi deveras importante para o projecto da Aldeia de Paio Pires, pois a 24 de Maio foi editado o seu primeiro álbum. Esse álbum surgiu on-line pelas trilhas da Editora independente Russa, Clinical Archives, denominado simplesmente “Orquestra Popular de Paio Pires”.
O álbum, que contém 12 temas, foi disponibilizado para download gratuito pela Clinical Archives e actualmente já ultrapassou os 20.000 download´s.

No final de 2009, surgiu a colaboração da OPPP no mundo do cinema, com a inclusão do tema “Kyoto Melody” na curta metragem “Noa Nada Para Ninguém”, filme escrito por Tatiana Arquizan, Samuel Roulleau, Miles Supico, Produzido por Low Costes Productions e Realizado por Miles Supico.


Discografia:

 










» V/A - "Oficina da Música" 
Anti-Demos-Cracia: ADC-013/Janeiro.2009
Temas incluídos:
. “Comodidades in da House” (remistura de um tema dos Erros Alternados).
. “Cinnamon Walls”















» Orquestra Popular de Paio Pires - Orquestra Popular de Paio Pires
Clinical Archives: ca262/24.05.2009
Álbum com 12 temas


















» Various - Clinical Anthology (2006-2009)
Clinical Archives: ca300/30.08.2009
Tema incluido: Kyoto Melody

Páginas da OPPP no Myspace:






Filme “Noa Nada para Ninguém”:





Editoras:





sábado, junho 12, 2010

XX

XX são uma banda do sudoeste de Londres, formados em 2005 por Romy Madley Croft (voz e guitarra) Oliver Sim (voz e baixo), Jamie Smith (beats e produção) e Baria Qureshi teclado.
Mais tarde a teclista Baria Qureshi deixou a banda, evocando algum cansaço. Os XX continuaram então como trio a debitar o seu som, claramente marcado por algumas bandas dos oitentas.
Tive oportunidade de os ver recentemente na Aula Magna na sua apresentação em Portugal e o resultado foi uma agradável surpresa.







Página Oficial: aqui

quinta-feira, junho 10, 2010

Edge Of Dawn - Anything That Gets You Through The Night-2010


Ora, aqui está um dos eleitos 2010, até ao momento, trabalho com uma dedicatória especial ao André, tal é a sua devoção quanto a este registo.

Um disco influente nas correntes qualitativas musicais dos nossos dias este cd, cativa-nos desde o início, até ao seu final,
melodias, simples, mas com o compasso ritmado e acompanhado pelo bonito som das máquinas da dupla em questão, pelo meio umas vozes femininas que nos encantam e deslumbram, um "álbum" que flui de forma natural no desenrolar das faixas que a meu ver sobem de qualidade ao passar das mesmas.

Resumindo, são 51 minutos de puro deleite num disco sensual e feliz ,de perfeita coloração à nossa audição, terno, puro e sempre com aquele gostinho dançante implícito.

A não evitar e consumir a rodos.

quarta-feira, junho 09, 2010

Song To The Siren


Há músicas que nos arrebatam, que são eternas, atemporais.

Se há uma versão que é sobejamente (e muito bem) reconhecida senti a necessidade de partilhar o original também, onde a força e o poder são infinitos.

Fica o original...




...e a conhecida versão:

terça-feira, junho 08, 2010

Pop Dell'Arte


Numa altura em que está para breve (14 de Junho 2010) a edição do novo álbum dos Pop Dell'Arte, intitulado “Contra Mundum”, e enquanto não chega aqui ao Grey Age, a merecida review, recuperamos um dos seus mais emblemáticos temas "Querelle", originalmente editado no formato Máxi-Single, em Fevereiro de 1987.



Entretanto o Single de avanço "Ritual Transdisco", encontra-se disponível para download gratuito no blogue e myspace da banda.

segunda-feira, junho 07, 2010

Álbuns da minha vida: Westworld
















Os Theatre of Hate nasceram em 1980 na ressaca do punk. Os seus membros vinham de bandas já com algum reconhecimento no circuito ao vivo (alternativo) inglês, nomeadamente The Pack, The Straps e Crisis, e apesar do projecto ter uma curta duração (nesta sua 1ª fase), e apenas lançarem um álbum de originais, grangeou-lhes desde logo o reconhecimento de um público ávido da "next big thing". O facto de terem partilhado o palco com bandas como os Southern Death Cult, Birthday Party ou Killing Joke também abonou a seu favor.

Em 1982, e depois de uma série de singles de sucesso, lançam finalmente o 1º álbum. A formação era constituída na altura por Kirk Brandon (Spear of Destiny), Stan Stammers (Crazy Pink Revolvers), John Boy Lennard, Nigel Preston (The Cult) e Billy Duffy (The Cult). Tinham ainda a colaboração nas guitarras do Mick Jones (The Clash), que também produziu o álbum. E que álbum...

A faixa inicial deu logo o mote: Do you believe in the Westworld. Um dos hinos independentes da primeira metade dos anos 80, e que por cá também deu entrada no top do saudoso programa Som da Frente. Esta faixa chegou mesmo às charts inglesas e permitiu-lhes aparecer no Top of the Pops.

Judgement Hymn é uma faixa negra, negra, tal como o resto do álbum. Mistura o cinzentismo do início dos anos 80, com umas pinceladas soul, que tomaram forma mais tarde nos primeiros álbuns dos Spear of Destiny.

Segue-se 63, muito na linha das primeiras composições da banda (e também dos Pack). Batida rápida, vocais agrestes, a fazer lembrar muitas bandas punk que ainda existiam na altura.

A faixa seguinte foi uma das preferidas do Adrian Borland: Love is a ghost. Teve uma homenagem adequada através da música Love is not a ghost, no álbum Heads and Hearts, tal como o Adrian refere no prefácio desse disco. Deixando de parte a preferência insuspeita do vocalista dos Sound, esta é de facto uma das melhores músicas do álbum, não faltando nas actuações ao vivo da banda.

The Wake e Conquistador são mais 2 músicas que só por si poderiam dar origem a singles, tal o sucesso que obtiveram (e ainda hoje obtém) de cada vez que era tocado nos concertos. Muito na linha do Judgement Hymn, tipificavam na perfeição a sonoridade dark da banda.

As 2 faixas seguintes, Freaks e The new trail of tears serviram apenas para encher o alinhamento do disco. Não traziam nada de novo, embora não estivessem desenquadradas do resto do álbum.

Finalmente, para o fim ficaram as melhores faixas do álbum. Anniversary é talvez a faixa mais depressiva e irónica que o Kirk Brandon criou. Ao pé desta faixa, o All fall down dos Sound parece uma música de baile, passe a expressão. The Klan é o culminar de um grandioso álbum, fazendo sobressair o virtuosismo do Nigel Preston, com um solo de bateria memorável.

Enfim, um álbum 5 estrelas, e que fica bem em qualquer discografia que se preze.

domingo, junho 06, 2010

Client























No começo elas eram conhecidas só como Client A e Client B, nenhuma foto era tirada, depois de um tempo foi revelado que se tratava de Kate Holmes (ex- frazer chorus) e Sarah Blackwood, no final de 2005 entra para banda a Client E (Emily Mann).

Formaram-se em 2002 com um som que pode ser classificado como electrónica minimalista. Foram desde sempre fortemente influenciada por bandas como Joy Division, The Smiths , Kraftwerk e Daf.

Tocaram com Depeche Mode na Europa, em 2002 para mais de 15000 de pessoas.

Em 2007 o trio fez uma tornée com Pet Shop Boys, Mesh The Charlatans e Covenant.

Vão estar no dia 19 de Junho, Sábado, 21h30, no Grande Auditório da Casa das Artes em Vila Nova de Famalicão. A não perder.

sábado, junho 05, 2010

Das Kabinette “The Cabinet”


Oriundos de Inglaterra, formados em 1981, Das Kabinette (o nome baseado do filme The Cabinet of Dr. Caligari de 1920), oferecem uma sonoridade entre o new wave e o synthpop. Além do single “The Cabinet” lançado em 1983, a banda ainda editou o LP “Spy Thriller”.

Para recordar – “The Cabinet”.

O.Children


Ainda sem nenhum álbum editado pelos vistos, esta banda nova tem-me cativado pelos singles que já nos deu a conhecer, em particular 'Ruins', que podem ouvir e assistir abaixo.



Myspace

sexta-feira, junho 04, 2010

The Men They Couldn’t Hang



The Men They Couldn’t Hang - 5 de Setembro de 2009 - Amora.Seixal

Quem se deslocou à Atalaia nessa tarde de Sábado teve oportunidade de assistir a mais um excelente concerto do The Men They Couldn’t Hang em Portugal, quase 10 anos depois de terem estado no Porto.

Por volta das 19 horas a banda foi apresentada no Palco 25 de Abril, como sendo de origem irlandesa (????), facto que até motivou um gracejo do Cush no início do concerto. E o concerto iniciou-se precisamente com o tema título do novo álbum, Devil on the wind. Nota-se que a sononoridade está mais rock e pesada, a fazer lembrar uns New Model Army, mas as bases que tornaram os TMTCH como uma das referências da música folk estão lá todas.

De seguida tocaram Ghosts of cable street, música retirada do 2º álbum, How green is the valley, e um dos hinos dos TMTCH. Tema altamente politizado, a retratar a revolta dos mineiros em Inglaterra, e que se enquadrou perfeitamente no espírito da festa. Por esta altura, já a grande maioria do público estava influenciado pela energia que vinha do palco, e fazia do relvado uma verdadeira pista de dança e de saltos.

Avançou-se então para o álbum Waiting for Bonaparte de 1988, com o tema Bounty hunters, recuperando depois novamente o 2º álbum com Wishing well. A banda e público estavam completamente rendidos ao ambiente festivo e apesar destes temas não serem considerados como clássicos, o ambiente de boa disposição mantinha-se.

Tempo então para dar a conhecer novamente o novo álbum, desta vez com Beast Of Brechfa, muito provavelmente a música que será escolhida como próximo single. Pelo que me foi dado a ouvir, depois dos semi-falhados Domino Club e Six pack, este novo álbum tem tudo para ser o verdadeiro sucessor de Silvertown, magnífico álbum de 1989.

Shirt of blue, single de 1986, é mais um daqueles temas que não podem faltar nos concertos dos TMTCH. Não faltou e foi mesmo um dos pontos altos da noite, com uma versão mais acelerada e dançável, mas nem por isso menos brilhante.

Tal como no concerto do Porto de há quase 10 anos, e excepção aos 2 temas do novo álbum, a actuação centrou-se nos primeiros discos da banda, daí que foi sem surpresa que tenham sido recuperados mais 2 clássicos, Smugglers, de 1988 e o intimista The green fields of France, música que lançou os TMTCH para a ribalta em 1984, e considerado muito justamente como um dos seu hinos.

Deu-se então a surpresa da noite, com a cover Bank robber dos The Clash. Não foi de estranhar que os próprios TMTCH tivessem pedido ao público para os acompanhar nesta música, e que o público respondesse positivamente cantando o refrão. Pelo meio ainda deu para apresentar um a um os elementos da banda e a sua origem (curiosamente de Inglaterra, Gales, Escócia, mas não da Irlanda).

Notava-se que o concerto já estava a caminhar para o seu final, mas ainda deu tempo para tocar o Colours, terceira música a ser recuperada do álbum Waiting for Bonaparte, e o inevitável Ironmasters, ponto mais alto de um excelente concerto, com toda a gente, independentemente da idade (ao meu lado estava um velhote e o neto) a saltarem ao som do punk folk dos TMTCH.

Enfim, foram 50 minutos de pura adrenalina, com um concerto recheado de clássicos e a arrebatarem completamente um público desconhecedor, mas com apetência para este tipo de sonoridade. Apenas tenho pena que tenham deixado de fora temas do Silvertown, ou não acabarem com o habitual A night to remember, mas o tempo não dava para tudo…











Texto: André Leão
Fotos: António Caeiro

quinta-feira, junho 03, 2010

Audra - Everything Changes (2009)


Bem, a 1ª review, dedicada a um projecto que me é muito querido e que espero granjeie a admiração de todos vós; 3º trabalho de originais, passados 7 anos sobre o antecessor "Going to the Theatre", uma longa ausência, depois de 2 trabalhos editados na editora Projekt, este 3º, esteve difícil de arrancar, não devido à veia artistíca do projecto dos irmãos Bart e Bret Helm, mas por via de não haver fundos para a realização do cd, este teve que ter produção própria e durante os últimos tempos a banda inclusive, pedia donativos para este efeito.


Indo ao que interessa, o único defeito do cd, é curto, ou seja, sabe a pouco, a voz é espectacular, se nos anteriores registos a proximidade com Peter Murphy era notória, neste além disso sabe-me também a Ian MacCullogh e isso é muito bom, os arranjos são simples e sensíveis, as melodias encantadoras e o cd prima pela autenticidade dos autores e pelo querer servir a audiência.


Já agora todos aqueles que se quiserem esforçar!!!


O próximo evento:

http://www.audramusic.com/

Jesus On Extasy - 2nd Skin [The Chameleons cover]


Para inaugurar uma categoria de Covers, deixo aqui esta dos JOE a propósito do excelente artigo do André sobre os The Chameleons.

Não pretendo que uma cover seja uma colagem ao original e por isso procuro aqueles que fazem algo realmente diferente do original. Por outro lado, uma cover feita por uma banda que nasce 25 anos depois da música que homenageiam significa, só por si, a importância daquela na história.

quarta-feira, junho 02, 2010

The Chameleons



















No próximo dia 3 de Julho vamos ter a oportunidade de ver os Chameleonsvox no nosso país. Que é como quem diz, o Mark Burgess e o John Lever a tocarem versões dos Chameleons. Provavelmente vão se juntar a eles o guitarrista de Comsat Angels e o Tony Skinkis, amigo de longa data da banda.

Mais à frente iremos dar mais pormenores por este tão aguardado concerto. Afinal de conta já lá vão quase 27 anos que os Chameleons deram um concerto no extinto Rock Rendez Vous.






















Biografia da banda:

Os Chameleons formaram-se em Middleton, em 1981, quando Mark Burgess (ex-Clichés), Reg Smithies (ex-Years), Dave Fielding (ex-Years) e Brian Schofield (substituído pouco depois por John Lever), que faziam parte do mesmo grupo de amigos e da onda pós-punk que emergiu em Inglaterra no início da década de ouro da música, resolveram criar aquela que é uma das bandas, a par dos Joy Division, que mais influenciou todo o revivalismo que actualmente se vive no seio da música alternativa (Editors, Interpol, She Wants Revenge, White Rose Movement, etc.).

O 1º single da banda, In Shreds (1981), é uma das suas faixas mais agressivas e carismáticas chamou a atenção do lendário John Peel, o que lhes valeu várias radio sessions, algumas editadas posteriormente em compilações.

Entre 1981 e 1983, os Chameleons foram ganhando notoriedade no circuito independente britânico, conseguindo angariar uma legião de admiradores que os seguia por todo o país. Apesar de não terem um tostão furado, foi um período de grande criatividade da banda, a que não foi alheio os períodos reflectivos passados à beira do Loch Ness (e também a influência dos cogumelos alucinógeneos, segundo a biografia “View from a hill” do Mark Burgess).

Em 1983 é finalmente lançado o primeiro álbum de originais, e que além dos singles Up the down escalator, Don´t fall, As high as you can go e A person isn´t safe anywhere these days, incluí aquela que é unanimemente considerada como a melhor composição da banda, Second Skin. O álbum foi justamente aclamado pela crítica e pelo público, atingindo o patamar de discos como Unknown pleasures (Joy Division), From the lion´s mouth (The Sound) ou Ocean rain (Echo & the Bunnymen). Para isso contribuiram ainda faixas como Pleasure and pain, Paper tigers e View from a hill. Resumindo, foi um verdadeiro desfile de pequenas obras de arte.

Second skin


Dois anos volvidos, e surge então o sempre difícil segundo álbum da banda. What does anything mean? Basically (1985), mostra uns Chameleons com um som mais trabalhado e mais suavizado, como aliás se nota logo no instrumental de abertura, Silence, Sea and Sky. Apesar do interesse na banda ter esfriado um pouco, foram convidados pelo John Peel para mais uma sessão, e foi editado também um single, Singing Rule Britannia (While the Walls Close In). Não sendo um álbum brilhante como Script of the bridge, atingiu momentos muito altos com faixas como Home is Where the Heart Is ou Perfume garden. Foi por esta altura que tocaram em Portugal, no Rock Rendez-Vous. No you tube conseguem encontrar um registo antigo gravado pela RTP com 4 das faixas tocadas em Portugal.

A person isn´t safe anywhere these days


Em 1986 sai a primeira das muitas compilações dedicadas à banda, The fan and the bellows, e que incluí as primeiras músicas gravadas pelos Chameleons e que não tiveram lugar no primeiro álbum, casos de Nostalgia, In shreds ou The fan and the bellows.

Logo de seguida a banda lança o terceiro álbum de originais, Strange times. Tal como o próprio nome do disco indica, foi um parto bastante difícil, uma vez que as clivagens entre os membros da banda, tendo por um lado o Mark, por outro o Reg e o Dave (este incompatibilizando-se de forma radical com o Mark) dava já a entender que o final da banda poderia estar para breve. Mesmo assim, apesar do disco demonstrar claramente as diferentes direcções seguidas pelos seus membros, este é considerado como o álbum preferido pelos fans dos Chameleons, tendo inclusive 2 singles com entrada no top britânico: Tears e Swamp Thing.

Tears


Por esta altura dá-se também um acontecimento trágico. O mítico Tony Fltecher, manager da banda, aparece morto e os Chameleons resolvem cessar as actividades, não sem antes lançar um último EP, Tony Fletcher Walked On Water...La La La La La-La La-La La. Apesar das já públicas divergências da banda, este EP permanece com um dos seus tesouros mais bem escondidos, e qualquer uma das suas 4 faixas permanece ainda hoje como das melhores dos Chameleons.

Is it any wonder


Depois deste encerramento prematuro, os membros dos Chameleons resolveram seguir diversos projectos paralelos, casos de The Sun and the Moon, The Reegs, Mark Burgess and the Sons of God, Invincible, entre outros. Nunca atingiram, no entanto, o sucesso e o reconhecimento que obtiveram com os Chameleons. De todos os projectos, houve um, no entanto, que sobressaiu pela sua grande qualidade: White Rose Transmission. Ou não se tratasse de uma colaboração entre o Mark Burgess e os seus amigos Adrian Borland (The Sound) e Carlo Von Putten (The Convent).

Durante este período foram saindo inúmeros discos com material nunca antes editado (compilações, álbuns ao vivo, etc.), e que foi dando para manter financeiramente os membros da banda. No entanto o dinheiro começava a escassear, Adrian Borland atira-se para debaixo de um comboio, e o Mark propõe em 2000 deixar para trás as divergências com o Dave e reactivar a banda para uma série de concertos e um novo álbum de originais. Este trabalho culmina com a edição de um álbum acústico, Strip (2000), que incluía já 2 temas inéditos, e um ano depois o 4º álbum de originais, Why call it anything. Este disco não reuniu nunca o consenso do público, ate porque incluía um elemento “estranho” à banda, Kwasi Asante, contribuindo para uma sonoridade mais reggae em algumas das faixas (bastante vísivel no Miracle and wonders). No entanto, este disco mostrou também que a criatividade da banda não se tinha esfumado, e composições como Indiana, Anyone Alive? e em especial Dangerous land faziam sonhar no regresso aos tempos áureos dos Chameleons.

Dangerous land


Em 2003, depois do Dave recusar-se a comparecer num concerto em Atenas, a banda dissolve-se de vez, continuando os seus membros em inúmeros projectos paralelos (realce para o excelente projecto Black Swan Lane, que já lanço 3 excelentes álbuns). Haverá uma 3ª vida para os Chameleons? A recente edição comemorativa dos 25 anos do Script of the bridge indica que poderá haver…

Para já vamos ter a oportunidade de ver Chameleonsvox ao vivo em Lisboa, reunindo o Mark Burgess, John Lever, Tony Skinsis e possívelmente alguns elementos dos The Comsat Angels.

Discografia da banda:

Álbums de originais:
1983 Script of the Bridge
1985 What Does Anything Mean? Basically
1986 Strange Times
2001 Why Call It Anything?

Álbums ao vivo:
1992 Tripping Dogs
1992 Live in Toronto
1993 Aufführung in Berlin
1993 Free Trade Hall Rehearsal (Tripping Dogs remasterizado)
1996 Live at the Gallery Club Manchester
1996 Live Shreds
2000 Strip
2002 This Never Ending Now
2002 Live at Paradiso
2003 Live at the Academy

Compilações:
1986 The Fan and the Bellows
1990 John Peel Sessions
1992 Here Today...Gone Tomorrow
1993 The Radio 1 Evening Show Sessions
1993 Dali's Picture
1994 Northern Songs
1997 Return of the Roughnecks: The Best of the Chameleons (2CD)

Singles e EPs:
1982 In Shreds/Less Than Human
1983 Up the Down Escalator
1983 Don't Fall
1983 As High As You Can Go
1983 A Person Isn't Safe Anywhere These Days
1985 In Shreds/Nostalgia
1985 Singing Rule Britannia (While the Walls Close In)
1986 Mad Jack
1986 Tears
1986 Swamp Thing
1987 Tony Fletcher Walked On Water...La La La La La-La La-La La

Vídeos:
Live at the Camden Palace
Arsenal
Live at the Hacienda
Live at the Gallery Club
Resurrection
Singing Rule Brittania
Live from London
Ascencion

Joy Division


Para primeiro video do Grey Age, foi escolhido, sem votação :), o tema "Atmosphere" dos Joy Division.


terça-feira, junho 01, 2010

Apresentação


Grey Age, nasce da conjugação de ideias e propósitos, tendo como essência o pulsar da riqueza musical dos anos oitenta e toda a sua envolvência inerente.

Não funcionando este blogue como escola, mas apenas como retiro, onde todos podem absorver, inscrever ideias e opiniões, originando a partilha de inúmeras experiências enriquecedoras, referentes a um período que nos marcou e continua a marcar para sempre...

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