Apesar de Ashram e Ataraxia terem-nos proporcionado concertos agradáveis, o ponto alto da noite foi mesmo a prestação dos Project Pitchfork. Há uns anos atrás quase que estiveram para nos visitar, num evento que chegou a estar planeado para o Porto. Não chegou a acontecer, logo a expectativa para ver uma banda que já leva mais de 20 anos de carreira ao mais alto nível era enorme. E de facto o concerto superou todas as expectativas.
A faixa de abertura, God wrote, mostrou logo ao que vinham, uma mistura entre o novo álbum, e hits da fase menos pop da banda. Com este tema, pese embora alguns problemas técnicos ao nível do som, e que de restou prejudicou um pouco a prestação da banda nos 3 primeiros temas, agarraram logo não só os novos aficionados dos Project Pitchfork, mas também os fans mais antigos.
Seguiu-se Go further, do álbum Lam-'bras, talvez o melhor álbum da carreira dos Project Pitchfork, e nem houve tempo para descansar, pois Time Killer foi a faixa seguinte. Nesta altura já o público estava rendido à energia que vinha do palco. E felizmente a partir daqui os problemas técnicos terminaram, o que abrilhantou ainda mais a noite.
Foi então tempo para apresentar uma das faixas do novo álbum (bastante bom, por sinal), Endless infinity. De facto, depois de uma fase menos conseguida da carreira da banda, com os 2 últimos álbuns, e especialmente o duplo EP Wonderland and one million faces, voltaram aos registos de grande qualidade, não descurando os temas orelhudos destinados aos clubes. Esta nova faixa enquadra-se perfeitamente nesta nova linha de acção da banda.
Carnival e Carrion foram os hits seguintes. Mais 2 temas que todo o público conhecia de cor e salteado, e nesta altura, já com o palco principal completamente cheio, era raro quem não estivesse aos saltos.
A festa continuou com um dos temas menos prováveis, Teardrop e seguiu-se mais um dos hits antigos, Requiem. A partir daqui a actuação foi sempre em crescendo. Aos primeiros acordes de Apha Omega o público começou a cantar o refrão, passando de seguida para mais um tema recente, Darkness. Aliás, o setlist esteve brilhante, uma vez que a banda foi fazendo sempre uma excelente conjugação de temas mais antigos com outros mais recentes.
Souls foi a música seguinte. Um dos temas com uma sonoridade mais “goth” dos Project Pitchfork, com a voz rouca do Peter Spilles a contribuir para um ambiente mais dark. Tema obrigatório nas actuações da banda, assim como o Steel Rose, que incendiou completamente o recinto, entrando então o concerto numa fase bastante mais agressiva, que teve continuação com I am (a thought in slowmotion), Existence e Rescue, com o Peter Spilles a saltar para o meio da multidão e a incentivar o público a acordar o Presidente da Câmara, para delírio de quem se encontrava nas primeiras filas.
O concerto estava no fim, pois já passava das 2 da manhã, hora limite para o fim dos concertos, e apenas houve tempo para um encore, mas com um dos melhores temas da banda, Fear. A sensação que ficou foi a que se não houvesse hora limite para acabar a actuação, a banda teria continuado a tocar por mais hora e meia.
A noite acabou então em perfeição numa after party no Adro, com a habitual qualidade da selecção musical do Carlos Matos e do Mario. Estava dado o mote para um Sábado que foi quase perfeito…
Setlist:
1. God wrote
2. Go further
3. Time Killer
4. Endless infinity
5. Carnival
6. Carrion
7. Teardrop
8. Requiem
9. Alpha Omega
10. Darkness
11. Souls
12. Steel rose
13. I am (a thought in slowmotion)
14. Existence
15. Rescue
# Encore
1. Fear