segunda-feira, agosto 30, 2010

Rescaldo de Project Pitchfork no Festival Entremuralhas

















Apesar de Ashram e Ataraxia terem-nos proporcionado concertos agradáveis, o ponto alto da noite foi mesmo a prestação dos Project Pitchfork. Há uns anos atrás quase que estiveram para nos visitar, num evento que chegou a estar planeado para o Porto. Não chegou a acontecer, logo a expectativa para ver uma banda que já leva mais de 20 anos de carreira ao mais alto nível era enorme. E de facto o concerto superou todas as expectativas.

A faixa de abertura, God wrote, mostrou logo ao que vinham, uma mistura entre o novo álbum, e hits da fase menos pop da banda. Com este tema, pese embora alguns problemas técnicos ao nível do som, e que de restou prejudicou um pouco a prestação da banda nos 3 primeiros temas, agarraram logo não só os novos aficionados dos Project Pitchfork, mas também os fans mais antigos.

Seguiu-se Go further, do álbum Lam-'bras, talvez o melhor álbum da carreira dos Project Pitchfork, e nem houve tempo para descansar, pois Time Killer foi a faixa seguinte. Nesta altura já o público estava rendido à energia que vinha do palco. E felizmente a partir daqui os problemas técnicos terminaram, o que abrilhantou ainda mais a noite.

Foi então tempo para apresentar uma das faixas do novo álbum (bastante bom, por sinal), Endless infinity. De facto, depois de uma fase menos conseguida da carreira da banda, com os 2 últimos álbuns, e especialmente o duplo EP Wonderland and one million faces, voltaram aos registos de grande qualidade, não descurando os temas orelhudos destinados aos clubes. Esta nova faixa enquadra-se perfeitamente nesta nova linha de acção da banda.

Carnival e Carrion foram os hits seguintes. Mais 2 temas que todo o público conhecia de cor e salteado, e nesta altura, já com o palco principal completamente cheio, era raro quem não estivesse aos saltos.

A festa continuou com um dos temas menos prováveis, Teardrop e seguiu-se mais um dos hits antigos, Requiem. A partir daqui a actuação foi sempre em crescendo. Aos primeiros acordes de Apha Omega o público começou a cantar o refrão, passando de seguida para mais um tema recente, Darkness. Aliás, o setlist esteve brilhante, uma vez que a banda foi fazendo sempre uma excelente conjugação de temas mais antigos com outros mais recentes.

Souls foi a música seguinte. Um dos temas com uma sonoridade mais “goth” dos Project Pitchfork, com a voz rouca do Peter Spilles a contribuir para um ambiente mais dark. Tema obrigatório nas actuações da banda, assim como o Steel Rose, que incendiou completamente o recinto, entrando então o concerto numa fase bastante mais agressiva, que teve continuação com I am (a thought in slowmotion), Existence e Rescue, com o Peter Spilles a saltar para o meio da multidão e a incentivar o público a acordar o Presidente da Câmara, para delírio de quem se encontrava nas primeiras filas.

O concerto estava no fim, pois já passava das 2 da manhã, hora limite para o fim dos concertos, e apenas houve tempo para um encore, mas com um dos melhores temas da banda, Fear. A sensação que ficou foi a que se não houvesse hora limite para acabar a actuação, a banda teria continuado a tocar por mais hora e meia.

A noite acabou então em perfeição numa after party no Adro, com a habitual qualidade da selecção musical do Carlos Matos e do Mario. Estava dado o mote para um Sábado que foi quase perfeito…

Setlist:
1. God wrote
2. Go further
3. Time Killer
4. Endless infinity
5. Carnival
6. Carrion
7. Teardrop
8. Requiem
9. Alpha Omega
10. Darkness
11. Souls
12. Steel rose
13. I am (a thought in slowmotion)
14. Existence
15. Rescue

# Encore
1. Fear

quinta-feira, agosto 26, 2010

Ataraxia

Ataraxia é um grupo italiano de artistas nascido em Palermo, formado em 1985 que cria e explora música, poesia, teatro e fotografia e que tem dedicado a sua vida à arte. O quarteto é formado por Vittorio Vandelli nos sintetizadores, guitarra medieval e vocais, Giovanni Pagliari nos teclados e vocais, Riccardo Spaggiari na percusão e Francesca Nicoli, fundadora da banda, na flauta, vocais e címbalo.

Criaram uma música com uma atmosfera altamente poética e espiritual que agrega diversos estilos desde Neoclassical, Ethereal ao Dark Folk, sempre em busca de novas sonoridades. Nasceram sob a influência da cultura mediterrânea, céltica e oriental, gostam de abordar a mitologia grega e latina, de misturar o sagrado e o profano e têm como preocupação a transmissão da cultura oral através dos nossos dias.

Consta que começaram por se tornar conhecidos através de uma cópia de uma cassete que se foi multiplicando de Itália pelo mundo fora. Tendo aos poucos essas cassetes dado lugar a álbuns, trazendo notoriedade à banda e transformando-a numa das maiores referências da música gótica medieval em todo o mundo.
Ataraxia conta com uma extensa discografia, possui cerca de vinte álbuns originais editados. Simphonia Sine Nomine foi o seu primeiro álbum editado em 1994.



É de referir que em 1998 Ataraxia editou Os Cavaleiros do Templo (Live in Portugal MCMXCVIII), um registo gravado em Lisboa e produzido pela Simbiose em Portugal. Foi feita uma edição restrita de mil exemplares, numa caixa especial com um cd e um VHS, tornando-se assim numa rara peça de coleccionador. Segundo os próprios “foi uma espécie de tributo à vossa herança arquitectónica e aquele silêncio que nós sentimos tão próximo, da nossa atitude contemplativa.”, “Em algumas das nossas músicas tentamos descrever esta plenitude pacífica, a nobre simplicidade de algumas das catedrais, os castelos e velhos caminhos que visitamos”
Mais tarde foi editado, também com selo português, Equilibrium Music Portugal, um cdpack duplo, La Via Verso Il Cielo com uma banda também italiana "Autunna Et Sa Rose".

Ataraxia manifesta uma predilecção especial por Portugal, onde têm vindo com regularidade. Pela forma como falam, demonstram bem a sua enorme paixão por este país.“Nós visitamos Portugal várias vezes, tanto por causa da banda, como por opção pessoal. As primeiras palavras que me vêm à cabeça são “silêncio”, “paz” e solidão”. Nós ficamos completamente absortos pela beleza dos sítios históricos que tivemos oportunidade de visitar e sentimo-nos profundamente em contacto com a atmosfera solene e espiritual, que sentimos em alguns jardins, onde a pedra antiga se misturava harmoniosamente com a vegetação. Achamos também que através do seu som fluido e sensual, a língua portuguesa expressa a alma do lugar onde nasceu e se formou. É uma língua que possui o encanto da calma, feita de tempos meditativos, trás até nós rios de memórias, e cheira como um jardim de sons.”



Três anos após Kremasta Nera, o italiano ethereal folk de Ataraxia regressa com um novo álbum, Llyr. O título do àlbum refere-se a um instrumento musical de cordas conhecido pela sua utilização na antiguidade clássica, visualmente inspirado nos cisnes. Tendo como base a lírica poética grega, Liyr é inspirado na cultura pagã, tradições celtas e na mãe natureza. Llir transporta-nos numa viagem fantástica por terras do mediterrâneo até à India. As vozes femininas são acompanhadas por vezes por vozes masculinas. Mas o que sem dúvida temos a realçar é a voz da carismática Francesca Nicoli que criou um estilo tão próprio e inconfundível.
"Scarborough Fair", uma canção tradicional inglesa, mais conhecida pela versão de Simon e Garfunkel, encontra-se aqui num delicioso registo. "Borrea" é um dos meus temas preferidos, um poema sussurrado que nos faz transpor para um lugar imaginário, com o mar ao fundo. Bem como Lyr, tema homónimo do álbum, a lembrar a música barroca e medieval, tanto do meu agrado.

Resta-nos aguardar pelo momento mágico da performance de Ataraxia no enquadramento histórico e arquitectónico do Castelo de Leiria, lugar mais apropriado não deve haver. Tudo leva a crer que será uma experiência absolutamente ímpar, a não perder.

Deixo-vos aqui uma entrevista dos Ataraxia, na íntegra, que espelha bem a essência da banda e tudo aquilo que a inspira.

Informações:

MySpace

Site da banda



quarta-feira, agosto 25, 2010

Entremuralhas - Festival Gótico 2010





















Normalmente os festivais de música que acontecem em Portugal tem uma qualidade no mínimo duvidosa. A excepção este ano foi o Festival do Alentejo, que além de trazer a região de Évora para o palco dos grandes acontecimentos, escolheu 3 cabeças de cartaz (Peter Murphy, Alphaville e The Waterboys) que fizeram as delícias dos amantes da boa música.

Mas entretanto está prestes a começar o maior evento de 2010 até á data. Leiria, através do colectivo Fade In já está habituada a receber grandes concertos. Ainda no ínicio do ano tivemos o saudoso concerto dos And Also the Trees. E agora vamos ter o provilégio de ver 7 grandes bandas, que vão desde o medieval dos Ataraxia (que já nos visitaram inúmeras vezes), ao dark folk dos Ordo Rosarius Equilibrio, passando pelo dark wave dos Project Pitchfork, até ao future pop dos Covenant (que deram um concerto memorável no Porto há uns anos).

São 7 boas razões para visitarem Leiria neste fim-de-semana. A equipa do Grey Age estrá lá representada, e faremos depois o devido rescaldo.

Fiquem então com os cabeça de cartaz de Sábado. Será um concerto a rever com todo o interesse, até porque vai contar com a presença do Daniel Myer (Haujobb., Clean, Architect, Destroid, ...) nas teclas.


sexta-feira, agosto 13, 2010

Hedningarna

O projecto Hedningarna, surgiu em 1987, com a junção dos suecos Hållbus Totte Mattsson, Björn Tollin and Anders Norrudde (antes conhecido por Anders Stake), a que se juntaram posteriormente as finlandesas Sanna Kurki-Suonio e Tellu Paulasto. Sendo um dos projectos suecos mais credenciados (de referir que a Suécia é uma grande potência em termos de produção musical, abrangendo múltiplas áreas), estes suecos-finlandeses, receberam, inclusivamente, em 1992 o Grammy relativo ao melhor grupo Folk.



Muitas definições já foram tentadas para transcrever a música deste grupo, mas uma coisa é certa, a música por eles produzida é algo que não nos deixa indiferentes. Os Hedningarna recuperam a tradição musical do Norte da Europa, através de instrumentos por vezes, elaborados pelos próprios, e com referência a velhos registos encontrados em museus e escolas, de salientar que para além de inúmeros Institutos que consagram a Folk como vertente de Conservatório, encontrando-se a sua aprendizagem no mesmo pé de igualdade, com correspondência ao grau, de Licenciatura. Há igualmente na Suécia e na Finlândia uma excelente documentação, existindo ainda cerca de 20 mil documentos por explorar. Com a ajuda desses registos trataram de recriar, nota por nota as velhas melodias, claro está, com uma sonoridade bastante actual.

Os Hedningarna, se a memória não me atraiçoa, estiveram presentes entre nós, por duas vezes, uma em Agosto de 1997, na Zambujeira do Mar, e a outra cerca de seis anos antes, em Queluz. De referir que a finlandesa Tellu já esteve igualmente entre nós, com o seu próprio projecto, em 1997, no Seixal aquando da VIII edição do 'Cantigas do Maio'.

A par da sua aparição ao vivo em alguns países, têm no seu currículo, várias colaborações com outros projectos/artistas, destacando-se por exemplo, a sua aparição no fabuloso registo do galego Kepa Junkera (Bilbao 00:00h), assim como a colaboração com o grupo de dança americano "The Flying Foot Forum", numa performance baseada no CD "Trã". A mesma foi estreada em Minneapolis, em Abril de 1999, com a música a ser tocada em palco pelos próprios Hedningarna.

Os Hedningarna tem nos escaparates os seguintes registos:
• Hedningarna (1989)
• Kaksi! (1992)
• Trä! (1994)
• Kruspolska SASHA mixes (1994)
• Hippjokk (1997)
• Remix Project (1997)
• Karelia Visa (1999)
• 1989-2003 (2003)

Existe um outro álbum, de nome "Fire" (1996), que foi elaborado especialmente para o mercado americano, com as letras em inglês e em que o nome Hedningarna aparece traduzido para "The Heathens". Este álbum junta temas de "Kaksi" e de "Trã".

O álbum "Hippjokk" já não conta com a colaboração das “demoníacas vozes”, como lhes chamaram, das finlandesas Sanna e Tellu. Neste registo foram substituídas por uma outra não menos importante voz da Finlândia a de Anita Lehtola.

A última composição dos Hedningarna incluía no seu núcleo os músicos Johan Liljemark, Ulf 'Rockis' Ivarsson, Knut Reiersud, Ola Backstron, e a participação activa do DJ finlandês Wimme Saari.
Este núcleo que veio do Norte da Europa, tenta exercitar uma espécie de trip folk dançável, cuja expressão máxima é traduzida no álbum de remisturas de 'Hippjokk', para o qual foram convidados, o DJ sueco Anti, o grupo norueguês D.A.C. e ainda o DJ belga Robert Leiner.

Entretanto a colectânea 1989-2003, fica para já como o último registo dos Hedningarna.

Hedningarna, pelos próprios: “a nossa sonoridade não sei o que dizer…, são melodias folk do passado, com roupas Hedningarna onde podes encontrar um toque tecno…".

Links:
página oficial
myspace


terça-feira, agosto 10, 2010

Pop Dell'Arte - Contra Mundum-2010-07-15-Music Box-Lisboa.

Atrasada, esta review do concerto Pop Dell Art, no passado 15 de Julho, com 1ª parte de Corsage, banda amiga e simpática, com temas a deambular entre o som ritmado e alegre próprio deste projecto, uma vez mais cumpriram e bem, dando um set deveras tranquilizante e profissional.

Depois o aguardado concerto Pop Dell Art, já com inicío  num horário algo tardio, mas em Portugal é assim, por vezes quase que prefiro os ingleses concertos às 7 e 8 da tarde, mas adiante.
Inicío, de forma fulgurante ao melhor estilo Pop Dell Art, os dois 1ºs. temas recairam nos temas "Ritual Trandisco" e o soturno e enigmático "My Ra Ta Ta", belíssima execução, depois desenrolaram-se os temas mais antigos com os novos à mistura e a conjunção resultou da melhor maneira possível. Profissionalismo quanto baste com um senão, o de João Peste não mostrar o vigor e energia em palco de outros tempos,mas é assunto que não vale a pena abordar, pois o empenho estava todo lá e o concerto correu muito bem, para uma sala a transbordar de fãs.

Praticamente duas horas de espectáculo e competência num colectivo que lançou um dos trabalhos mais perfeitos de 2010 no panorama Nacional e mesmo Internacional, uma banda que neste concerto, desconcertou, como é apanágio deste colectivo. Fica-me a dúvida, vamos ter mais Pop Dell Art, a esperança é a última a morrer e o finalizar do concerto com uma versão de T.Rex "20 Century Boy" com a ressalva que talvez não saísse muito bem, pois foi de improviso, mas claro um tema que sorriu para um final de noite mágico.



domingo, agosto 08, 2010

PETER MURPHY-EVORA-2010/07/30

Finalmente o post reservado ao concerto de Peter Murphy, dia 30 de Julho em Évora, este texto é escrito em parceria com a Manuela, que contribui também com as as suas palavras para a elaboração do mesmo.

Assim sendo, a noite começou morna e branda com os Platinum Abba, banda britânica que presta tributo ao grupo sueco, mercê de uma reconstrução fiel ao guarda roupa, das coreografias, dos cenários e claro da música. A lotação no parque por esta altura era pouca.



Em tons punk, entra em palco CJ Ramone, o baixista que substitui Dee Dee até a banda ser dado como extinta, resumindo puro punk, sempre a abrasar e recordando alguns bons velhos temas dos Ramones.



Peter Murphy entra, assim, em palco eram já 24 horas do dia 30, para um concerto que se prolongaria para perto de 2 horas de muito boa música, 2 encores que encheram as medidas de quem ouvia, sendo talvez "Strange Kind of Love, um dos momentos mais mágicos do concerto, servido em guitarra acústica, claro.



Mas vamos a mais detalhes, o inícío como vem sendo hábito abre com "Low Room", tema forte e energético, sempre com intenção de agarrar as hostes. O som sofria algumas deficiências, nesta parte inicial, onde a lotação rondaria as 3 mil e tal pessoas, penso que não mais. Avançou então Murphy, para a 1ª cover da noite, o velho "Raw Power" dos Stooges, prestando a velha homenagem a Iggy Pop. Continou com "Velocity Bird" um dos temas novos a ser incluído no novo trabalho, com lançamento até final do ano, tema que ao vivo carece de cor, vamos assim aguardar pela versão estúdio, para ver até onde pode ir. Avançamos para o 4 º tema com "Disappearing", outro tema forte, antecedendo o 1º tema Bauhaus e o que gostei mais, o brilhante "Silent Hedges", raramente tocado ao vivo e talvez um dos melhores temas Bauhaus, intenso e de arrepiar. O 1º momento grande da noite, continou com "Subway", um tema bonito e frágil , seguindo-se "I ll Fall With your Knife", outro tema simpático e entoado por todos, com uns novos sons orientais pelo meio, proferidos por Murphy, lindo. Depois "Deep Ocean", um clássico do álbum "Deep", e mais um novo tema "Prince", antecedendo um período de vários temas Bauhaus, registos elaborados de forma soberba e levando ao rubro a plateia, "Kick in the Eye", sublime, "Stigmata Martir" fortíssímo, "Dark Entries" possessivo, terminando com "21 Century" do último trabalho. Quase a finalizar o concerto seguiu-se "Uneven", um novo tema e a 2ª cover da noite "Space Oddity" de Bowie, com a particularidade de todos tocarem o tema deitados no palco.



Seguiu-se então o 1º encore com a plateia a pedir e muito, mais P.M. Assim foi um dos momentos mais in da noite, o íntímo "Strange Kind of Love" versão acústica e um tema que envolve a plateia de ânimo para o louco "Cuts you Up" a levar a um dos momentos mais fortes, tal como o que seguiu com mais 3 temas Bauhaus. Apesar de dois deles serem covers, o acelarado "Telegram Sam" de Bolan, o estético "Ziggy" de Bowie e o soberbo "Wanted" . A finalizar este encore e quase a entrar no 2º, com 3 temas enunciados, mas apenas a serem tocados dois, a noite ia longa, mas todos queríamos mais, o tema preterido foi assim "...Parties" dos Bauhaus, avançando com "Hurts" uma homenagem a Trent Raznor dos Nine Inch Nais e terminado o concerto com o empolgante e sentido " Transmission" da Joy Division, deixando todo o pessoal louco.



Resumindo foi Peter Murphy, um performer de eleição, revelando 30 anos ao serviço da música, demostrou assim ser rei e senhor dos palcos. Ele é o actor principal do glamour e da interpretação teatral que vai dedicando a cada tema.

Murphy, não se limita a cantar, ele vive cada música e faz com que o público viva com a mesma intensidade, tal como o "Vinho do Porto" aplicando-se perfeitamente essa expressão à sua personalidade e carisma.



Eram praticamente duas da manhã, as condições sonoras não foram perfeitas, mas mesmo assim, todos aplaudimos e cantámos ao som de um dos líder mais carismáticos de uma das bandas mais marcantes de sempre.



No final ficou o Alvim, com serviço de Dj, mas para uma meia dúzia de resistentes, apesar de ter começado bem com o mágico "Love Will..." da Joy Division, estava tudo visto e ouvido e como se diz por cá a noite soube a tanto, portanto...soube a tão pouco.


terça-feira, agosto 03, 2010

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