domingo, janeiro 30, 2011

Covenant - Modern Ruin












Quando soube que o Daniel Myer tinha entrado para os Covenant, pensei para com os meus botões que esta viria a ser uma opção totalmente acertada. Por um lado os Covenant pareciam estar em fase descendente, com 2 álbuns (Northern lights e Skyshaper) que ficaram um pouco abaixo dos elevados padrões de qualidade da banda. Por outro, o Daniel há mais de 20 anos que lança álbuns atrás de álbuns, nos seus 1.001 projectos, conseguindo sempre surpreender-nos. Basta ouvirem o último EP que lançou como Destroid, para saberem do que estou a falar.

Em Agosto do ano passado, com a actuação dos Covenant no Festival Entremuralhas, em Leiria, tivemos uma pequena amostra do que estava para vir. E desde logo se notou uma mudança na orientação sonora. Músicas antigas muito mais intimistas, e ainda apresentaram 2 novas malhas, uma das quais, Dynamo Clock, aparece neste novo álbum. E foi talvez nesta musica que mais se notou a presença do Daniel, ao dar-nos um show de percussão que saia completamente do âmbito musical da banda.

Entretanto no final de 2010 fomos presenteados com o novo single, Lightbringer. E aqui confesso que fiquei desiludido. De facto esta nova faixa, apesar de se notar que a banda estava a querer cortar com o passado, não estava muito inspirada.

Recebi então o novo álbum e desde logo foi para o meu carro. Fui ouvindo, e cada vez gostando mais. E hoje tirei a prova dos nove. Enfiei-me em casa às escuras, acendi a lareira, e coloquei o disco no cd player em modo repeat. E desde logo deixei-me envolver completamente pelo cd (excepção ao já referido Lightbringer).

De facto, o álbum consegue fluir dum modo constante. Não é por acaso que não existe separação entre as faixas. Atrevo-me a dizer que há mais de 10 anos que os Covenant não me faziam vibrar como neste disco. Não esperem encontrar hits como o Ritual noise, We stand alone, Call the ships to port ou Dead stars. Esperem sim encontrar um álbum que do princípio ao fim vos consegue envolver, quer pela voz cada vez mais suave do Eskil, quer pelas melodias que saem dos teclados do Joakim e do Daniel. E para quem adquira a edição limitada, o cd bónus contém mais uma pérola, Wir sind die nacht.

Pontos altos do disco: num álbum tão constante e é difícil escolher faixas que sobressaiam, mas The beauty and the grace, Worlds collide e The road são particularmente inspiradas.

Classificação: 4.5 / 5

2 comentários:

  1. Fiquei curiosa. Tenho que investigar..;)Bjs

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  2. André, sem duvida um disco que vai entrando poucoa pouco, simples despretencioso e a ouvir muitas vezes, não segura às 1ªs audições, mas depois vai correndo de maneira melhor e a tornar-se num grande disco.

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