O público português aguardava por este concerto há 27 anos. E nem o facto de estarem apenas 2 elementos do núcleo duro dos Chameleons (o baterista John Lever e o inevitável Mark Burgess), esmoreceu o entusiasmo.
Foi assim, numa sala completamente cheia no Santiago Alquimista, que os Chameleonsvox foram brindados por um público em delírio nesta passagem por Lisboa. Não sendo uma sala com uma acústica perfeita, especialmente para aqueles que presenciam os concertos na galeria, o som estava melhor do que noutras ocasiões. Mesmo assim existiram algumas reclamações a este nível. Este será mesmo o único ponto a rever, já que tudo o resto foi memorável.
O concerto começou pontualmente ás 11 horas. Perfume Garden deu o mote para mais de hora e meia de pura adrenalina. Nem parece que o Mark completou 50 anos há pouco mais de 1 mês...
E logo na primeira música o público rendeu-se imediatamente aos Chameleons(vox), surpreendendo até a própria banda, que por muitas vezes agradeceu a calorosa recepção.
Com a 2ª música, Pleasure and Pain, uma rapariga em estado mais que alterado levou um telemovel ao Mark e colocou-o a falar com o irmão. Mais à frente esta personagem insistiu em chatear a banda e o público, invadindo constantemente o palco e até o back stage, na parte dos encores.
Mesmo assim o Pleasure and Pain foi um dos pontos altos da noite, como podem ver de seguida.
Pleasure and pain
Continuou-se depois com mais uma grande faixa do Script of the Bridge. Aquele início no qual parecem pedrinhas a bater numa janela não engana, e pudemos então digerir o fabuloso Monkeyland.
O concerto não teve momentos mortos. Depois do Mad Jack (a inclusão desta foi uma verdadeira supresa), e dos sempre favoritos do público Less than Human e Soul in Isolation, a banda recuperou uma das suas primeiras músicas, Nostalgia. Por esta altura já o público estava completamente vidrado na actuação da banda, e era raro quem não cantasse juntamente com o Mark.
Seguiu-se Seriocity, In Answer e Singing Rule Brittania, dando depois lugar a outro dos pontos altos da noite, o Second Skin. De facto foi surpreendente ver toda a gente a cantar ao som deste hino. Até deu para apresentar os elementos da banda um a um, sendo todos recompensados com uma grande salva de palmas, em especial o John e o Mark, e o Mark dedicar-nos esta melodia. A banda saiu então para um pequeno intervalo, enquanto o público continuava a entoar o Second Skin. Foi completamente arrebatador.
Second skin
Para o 1º encore a banda escolheu o fabuloso In Shreds, música pujante que representa na perfeição tudo o que de bom os Chameleons fizeram. Foi mais um dos pontos altos da noite, até porque eram muitos os que gritavam por esta malha.
In Shreds
Logo de seguida mais um dos singles do álbum de estreia dos Chameleons, Up the Down escalator. Depois dos saltos do In Shreds, nada como acalmar com uma música mais intimista. A banda saiu então para mais um merecido descanso. Não demoraram muito tempo até voltar, já que o público chamava ensurdecedoramente pelo regresso dos músicos.
Um segundo encore foi reservado para 3 das músicas favoritas dos fans de Chameleons. Primeiro Swamp Thing, depois a balada Tears, e para acabar, o inevitável Don´t Fall, levando o público quase à loucura.
Resumindo, foi um grande concerto. O Script of the Bridge e o Strange Times foram merecidamente os álbuns mais representados, e o álbum de regresso dos Chameleons (Why call it anything) foi esquecido, embora, a meu ver, uma faixa como o Dangerous Land ficasse perfeitamente enquadrada neste alinhamento. Pena, pena foi terem-se esquecido do belíssimo EP Tony Fletcher Walked on Water, ou mesmo algumas malhas mais antigas como o Fan and the Bellows ou Dear Dad Days. Mas a noite não dava para tudo, e o público saiu completamente rendido a uma grande noite.
Setlist do concerto:
1. Perfume garden
2. Pleasure and pain
3. Monkeyland
4. Mad Jack
5. Less than human
6. Soul in isolation
7. Nostalgia
8. Seriocity
9. In answer
10. Singing rule Brittania
11. Second skin
Encore #1
1. In shreds
2. Up the down escalator
Encore #2
1. Swamp thing
2. Tears
3. Don´t fall
Ficam também as fotos, cortesia do António Caeiro:
Grande post para uma noite inesquecível!
ResponderEliminarInesquecível é a palavra certa...
ResponderEliminarAmanhã quero ver quantos jornais vão fazer referência a esta noite? O que diz bem da falta de cultura e qualidade que grassa nos gajos que estão à frente dos jornais, nomeadamente os que têm suplementos musicais...
Bem, já vi e referi que foi uma grande noite, é isso André, são uns cromos, ou Nerds, está patente o nível dos nossos Jornais e revistas, onde só vejo referências a porcaria, festivais, em que espremes e só sai caroços, sumo é 10% e somos embalados por estes cromos.
ResponderEliminar(...)
ResponderEliminarCertainly as the sun
Bakes a Lisbon day
Ancient as the hills
Crumbling into clay
(...)
(...)
I realise a miracle is due
I dedicate this melody to all of you
(...)
G R A N D E !
Pena o som mauzinho...
André,
ResponderEliminardepois deste post completíssimo há mais alguma coisa a dizer do concerto?
Não me parece ;)
André, aqui está, sem dúvida, uma notícia digna de sair em qualquer revista de música ou suplemento musical.A ver vamos o que vão publicar..
ResponderEliminarUma noite que nunca vou esquecer.
ResponderEliminarJá leram:
ResponderEliminarhttp://cotonete.clix.pt/noticias/body.aspx?id=45674
"o vocalista dos Chameleons parece-se de repente, por absurdo que soe, com Bono, embora mais gótico e pobre"
Sem comentários!
Pessoal, obrigado pelos comentários...
ResponderEliminarCaeiro, já li... Deve ter visto um outro concerto que não este... Está aqui uma crítica bem melhor:
http://portico2.blogspot.com/
texto 5*.
ResponderEliminarque grande noite para vocês!
infelizmente não tenho vivido por causa dos exames, que se têm revelado um método de avaliação muito mau!
André o autor do texto do cotonete deve ter-se equivocado ou então conhece de ter ouvido falar algumas das coisas que foram feitas ao longo dos anos musicalmente falando.
ResponderEliminarJá li a do Portico 2.
ResponderEliminarBem melhor.
:)
Já deixei um pequeno comentário no cotonete...
ResponderEliminarNetse momento está em baixo, senão deixava lá os meus 2 cents. E não iam ser agradáveis para o autor daquelas barbaridades...
ResponderEliminarCotonete, isso ainda existe?, que pena, para mim cotonete, só mesmo para higiene pessoal!!, quanto à do portico2, tbem gostei.
ResponderEliminarAqui vai a minha contribuição, fotos e mais fotos. Nada a acrescentar aos comentários abonatórios já introduzidos. Cheers.
ResponderEliminarhttp://picasaweb.google.com/vet.joao/ChameleonsVoxSantiagoAlquimista#
Não sei se o link anterior dá ou é este (sou novato nisto)
ResponderEliminarhttp://picasaweb.google.com/vet.joao/ChameleonsVoxSantiagoAlquimista?feat=directlink
Doctor J: Muito fixes as fotos
ResponderEliminarJá lá coloquei uma resposta.
ResponderEliminarE a tal fã tb apareceu por lá
:)
Thanks. À noite já vou pesquisar... :)
ResponderEliminarJá deixei um comentário no cotonete.
ResponderEliminarDoctor J: As fotos está fixes!
ResponderEliminarO último link dá. Estão muito boas, as fotos. Thanks... :)
ResponderEliminarEna tantas fotos, obrigada pela partilha.:)
ResponderEliminarObrigado Doctor J!
ResponderEliminarBem, o meu comentário foi retirado do cotonete...
ResponderEliminarDoctor J: Obrigada pelas fotografias :) Ainda apareço numas duas eheh
ResponderEliminarPedro: "O exercício barroco e rebuscado" foi retirado? Não entendo porquê... (Modo irónico) eheh
Caeiro: A fã anda em todo o lado. Hoje andava pelo Facebook :/
(H)Olga: já te vi nas fotos
ResponderEliminar:)
Nos meios de comunicação social há espaço para "artigos de opinião" mas a liberdade de expressão começa no autor do texto e termina no seu último parágrafo.
ResponderEliminarA partir daí, qualquer opinião sobre o "artigo de opinião" (passe a redundância) já não o é. É sim um ataque a quem o escreveu e/ou ao texto.
É por esta razão que ainda espero encontrar um crítico de alguma arte que seja bom nessa mesma arte para que contrarie a minha opinião:
Um crítico de música é um músico falhado.
Um crítico de arquitectura é um arquitecto falhado.
Um crítico de cinema é um realizador falhado.
and so on...
and so on...
Tens razão, Pedro há-de haver uma excepção em cada um, mas no geral é isso.
ResponderEliminarOlha o Faria do olho do cu, armado em crítico musical! Deves sentir-te muito importante por vires a este blogue publicar os teus devaneios armados em disparates. Diz-me cá, o Ramoneiro da merda também vem aqui peidar-se? Assim o mau aspecto vosso continua a dar.
ResponderEliminarcaroço (presumo que seja uma vez mais o infeliz Gustavo Carranca), e o ainda mais infeliz Melg@: arranjem trabalho ou alguma coisa para fazer na vida. Faziam menos figuras patéticas como estas...
ResponderEliminarEle é um estupor de primeira! Só gosta de aparato e fazer-se de bom.
ResponderEliminarNão chamem estupor de 1ª ao melga, por favor. Ele é só estupor de 2º.
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