Esta era para ser dedicada a Pale Fountains, a banda que seguia após os The Wake, do mês passado, mas a paixão repentina e recorrente por Young Marble Giants, foi mais forte.
A biografia e dados informais fica de fora como sempre e o que interessa é a pureza musical que este projecto emana.
Simplicidade a quanto obrigas podia ser um dos lemas, este projecto prima por um minimalismo puro e ao mesmo tempo uma perfeição, a musica leva-nos, rodeia-nos ,tamanha a sua ternura e devoção, já o referi de uma simplicidade natural, crua, despida de truques, guitarra simples e umas teclas sensuais e espiralmente cativantes.
Um amadorismo que leva a uma tarefa de fazer musica desembaraçada e radical, um som que fica só deles e até hoje imaculado.
Pena a duração do projecto não ser mais profícua e levada no tempo, mas tal não foi possível, deixaram um legado curto, mas muito produtivo e um grande exemplo do que é fazer som, com muitos pouco meios e uma experimentação, demasiado subtil, que passa despercebida.
Muitos já perguntarõa e a voz e a voz, pois a voz, que maravilha, carismática e aplicável a muitos dos adjectivos já enunciados nestas linhas, uma voz que prega de uma maneira despreendida, que encaixa melancolicamente e deliciosamente nos temas Young Marble Giants.
Consumam e deleitem-se com calma e apaixonem-se….